sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

50 Tons de Violetta


-Jorge... – eu disse parando o beijo.
-O que foi? – Jorge me perguntou sussurrando;
-Não está certo, nós mal nos conhecemos, não acha que está indo rápido de mais? – Eu disse soltando-me dos braços fortes de Jorge.
-Não Martina, claro que não, para o amor não existe tempo, ocasião, nem pessoas escolhidas, e sim algo que brota profundamente em nossos corações. – Ele me disse puxando-me pelo braço direito.
-Não Jorge, por favor me solte. – Eu disse chorando.
-Por que Martina? –Ele me disse com os olhos cheios de dúvidas.
-Não sei se estou preparada por esse momento em minha vida, acho que está meio cedo. – Eu disse olhando para o outro lado da sala.
-Ok, mas você não vai deixar eu fazer minhas perguntas? – Ele me disse tentando me convencer de ficar por mais um momento ao seu lado.
-Sim. – Eu sussurrei balançando a cabeça.
-Ok, vamos começar? – Ele me disse sentando no sofá do lado direito da sala. Eu sentei-me no sofá do lado esquerdo.
-Você já se apaixonou? – Ele me perguntou olhando para seu caderno.
-Não. – Respondi. – Nunca vi fundamento algum para me apaixonar, acho que isso é uma etapa enorme em nossas vida que vai acontecer com o tempo. – Expliquei.
-Ok. – Jorge olhou novamente para o caderno e novamente perguntou. – Você acredita no acaso?
-Sim, e muito, acho que as coisas na vida sempre acontecem por acaso, acho que tudo o que fazemos, é por acaso, nunca pensamos antes de fazer, e quando pensamos, a maioria das vazes da errado. – Eu respondi com um sorriso no rosto;
-última pergunta. – Jorge anunciou. – Você se sente sozinha? – Ele me perguntou desafiando meu olhar.
-Não, eu acho. – Eu disse erguendo os ombros e arregalando os olhos. – Tenho tudo o que preciso, amigos, meu pai que me ama muito e o melhor de tudo, meu diário.. – Eu disse lembrando-me do meu diário que estava guardado em baixo do colchão.
-É só isso. – Ele disse.
-Bom, acho que está na hora de eu ir, não é mesmo? – Eu perguntei.
-Se você está dizendo. – Jorge disse colocando a mão esquerda no bolso de sua calça;
-Bom, tchau Jorge. – Eu disse lhe dando um beijo em sua bochecha.
-Tchau. – Ele disse me vendo partir.
 Aquele foi simplesmente o melhor dia de minha vida, fui para casa flutuando, não parava de pensar no Jorge, era tudo tão mágico, meu mundo se tornou melhor, não sei o porque, mas Jorge completou um espaço vazio que minha deixa de ocupar a muito tempo. Quando cheguei em casa corri para o meu quarto e olhei em baixo do meu colchão, e vi meu diário lá de baixo, esperando para ser preenchido novamente, depois de quatro anos.
Peguei qualquer caneta que encontrei em minha frente e comecei a escrever...

“Querido Diário...
Sei que faz um bom tempo que não escrevo nada por aqui, mas hoje senti uma grande necessidade de me expor a você, sei que não sou maios a Martina de antigamente que vivia contando sobre minhas brigas com a Mercedes, hoje venho lhe dizer perante minhas singelas palavras que conheci o garoto mais incrível de toda minha vida, ele é perfeito, tirando algumas coisinhas básicas, mas estou um pouco confusa, não sei se devo aceitar o pedido dele de estar ao meu lado para sempre, minha vida anda tão confusa, meu pai é muito complicado diante de uma situação como essa”. –Eu escrevi olhando para a janela do meu quarto. –“Não seu se devo me arriscar tanto, meu pai iria fica ruma fera comigo, não sei o que faço, não sei como vou agir, mas vou deixa o meu coração me guiar, não vou me esquivar quando ele quiser me beijar, vou me levar diante desse amor... Obrigado por me ouvir”. – Eu finalizei. E depois de alguns segundos deitei na cama e dormir, mas pude ouvir a minha porta rangir, era meu pai, ele sussurrou: “Te amo filha”, e logo fechou a porta com medo de me acordar...

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