sábado, 16 de fevereiro de 2013

50 Tons de Violetta


-Alguns dias se passaram e as minhas visitas a casa de Jorge começaram a ser intensas e diárias, meu pai me pressionava querendo saber o porque de eu estar chegando tão tarde em casa e eu sempre dizia que tinha algo para fazer na casa de alguma amiga, ou tive que ficar estudando na biblioteca da escola. Mas teve um certo dia que não suportei e pedi para que Jorge fosse até minha casa e esclarecer tudo com meu pai, ele ficou um pouco assustado com a minha decisão, mas ele queria fazer de tudo para o nosso amor dar certo...
-Pai. – Eu disse baixinho, chegando na cozinha.
-Oi filha, hoje você chegou mais cedo. – Meu pai me disse surpreendido.
-Sim, hoje não tive trabalhos para fazer. – Eu disse cruzando os braços e olhando o bolo que ele fazia.
-Que ótimo. – Ele disse suspirando ao colocar o último pingo de Glacê na borda do bolo. – Fiz um bolo especialmente para você.
-Ai papai, que lindo. – Eu disse encantada com o que ele fizera.
-Mas você quer me falar algo? – Ele me disse limpando o balcão da cozinha.
-Pai, eu conheci um garoto..
-Um garoto? – Ele disse gritando.
-Sim papai, e eu me apaixonei, e antes que algo aconteça quero lhe apresentar Jorge Blanco. – Eu disse pegando na mão de Jorge que vinha da sala.
-Olá. – Jorge disse um pouco tímido.
-Oi. – Meu pai falou como se não gostasse nem um pouco da surpresa.
-Bom senhor German, eu vim aqui falar com o senhor que eu quero namorar a Martina, sei que ainda é cedo, mas tenho idade suficiente para assumir uma responsabilidade assim. – Jorge disse olhando diretamente aos olhos de meu pai.
-Não, eu não aceito seu pedido de namoro a minha filha. – Meu pai disse emburrado.
-Mas papai. – Eu disse surpreendida e ao mesmo tempo conformada, pois eram óbvias as possibilidades dele falar não. – Por que você faz isso comigo? – Eu disse tentando não chorar.
-Martina, você é uma adolescente não sabe dos riscos da vida, você não começou a viver nem um terço do que eu já vivi. – Meu pai dizia apontando o dedo para nós dois, Jorge e eu.
-Mas você não acha que para eu poder crescer e viver, você não tem que me deixar voar? – EU perguntei deixando meu pai sem palavras.
-Ok, Martina, faz o que você quiser, mas lembre-se bem desse dia, se algo de ruim acontecer, a culpa é toda de vocês dois, e quanto a você ‘senhor Jorge Blaco’. – Meu pai ironizou. – Se você causar danos a minha filha, você para na cadeia ouviu? – Meu pai gritou.
-Ok. –Jorge disse.
-Então, pai, o senhor autoriza? – Eu perguntei, um pouco confusa.
-Claro que não autorizo, mas não posso fazer nada diante dessa situação, mas eu deixo bem claro e repito, se algo de ruim acontecer, a responsabilidade é de vocês.
-Tudo bem. – Eu disse abraçando meu pai com um sorriso largo em meu rosto.
-Vamos? – Jorge me disse.
-Sim. – Eu disse olhando para ele por cima dos ombros.
-Tchau filha, e volta logo, para que possamos comer o bolo que preparei. – Meu pai disse apagando a velinha que ele havia acendido a poucos minutos.
-Tá bem. – Eu disse sorrindo.
...
-Viu meu amor, meu pai só tem cara de bravo. – Eu disse debochando de Jorge.
-Só a cara? – Ele me perguntou surpreendido.
-É um pouco as atitudes. – Eu disse retirando o que havia falado.
-Bom amor, vai lá comer o bolo, se não seu pai infarta. – Jorge me disse sorrindo.
-Ok. – EU disse lhe dando um leve beijo em seus lábios.- Tchau. – Eu disse fechando a porta, ao vê-lo distanciar-se de casa.
-Pai, pai... – EU disse toda empolgada indo para a cozinha, mas quando cheguei lá, havia apenas o bolo com um pedaço retirado, e um prato com migalhas de bolo...

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